Diversidade na unidade

Diversidade na unidade

Compromisso de todos

As vezes pensamos ser estranho pessoas comerem carne de cachorro, besouro assado, ou pintarem o corpo para louvar o Criador, ou ainda dançarem festivamente para comemorar a boa colheita, o nascimento de um filho ou a chegada de um ente querido... Toda essa diversidade comprova o fato de que vivemos num mundo de culturas e tradições variadas.
Vale a pena conhecer, valorizar e respeitar essa diversidade que há em nossa unidade!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

III Simpósio Intercultural é incentivo a Lei 11.645/08

Numa organização da equipe do Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos Vale do Guaporé (CEEJA), em parceria Fundação Nacional do Índio – FUNAI, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Conselho de Missão entre Índios - COMIN e Universidade Federal de Rondônia - UNIR, aconteceu de 21 a 23 de Outubro de 2016, em SERINGUEIRAS – RO, o III SIMPÓSIO INTERCULTURAL TERRITÓRIO E TERRITORIALIDADE com o tema: Território, territorialidade, povos indígenas e educação ambiental.
Estudantes do ensino fundamental e médio, acadêmicos do Centro Universitário Claretiano, professores da rede municipal e estadual dos municípios de Seringueiras e São Miguel e lideranças indígenas Kujubim e Puruborá participaram ativamente das atividades desenvolvidas durante os três dias de simpósio. Houve também a participação de representantes indígenas Amondawa e Macurap que se encontravam em missão na Base Bananeiras - Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. 

Os objetivos do III Simpósio Intercultural foram:
Objetivo Geral: Propiciar à comunidade local momentos de diálogos sobre os povos indígenas em Rondônia, para conhecer a pluridiversidade indígena brasileira e compreender suas diferentes formas de viver e conceber a vida humana, a vida dos animais e dos vegetais a partir de suas filosofias/cosmovisões, tendo como referência as relações que estabelecem com a natureza.

Objetivos específicos:
- Suscitar o debate sobre a temática indígena no município de Seringueiras, São Miguel e região a fim de conhecer a realidade indígena brasileira;
- Entender as diferentes formas de ver o mundo tendo a natureza como centro;
- Refletir sobre os conceitos de terra, território e territorialidade sobre os processos sociais /históricos /econômicos ocorridos na região;
- Reconhecer as diferentes formas de produção do saber dos povos originários, a partir da crítica do Pensamento Decolonial.
- Mostrar a importância da defesa do patrimônio material e imaterial como tarefa essencial na conquista da cidadania plena.

1ª etapa: Educação Ambiental e Indigenismo em Rondônia: uma história indígena viva! – Fundação Nacional do Índio – FUNAI 
Walter Meira

Debate sobre as histórias do contato e as lutas indígenas em Rondônia;

Apresentação de dados demográficos, mapas de localização das Terras Indígenas em Rondônia e da diversidade étnica presente no Estado.

2ª etapa: Índios misturados? História, contextos e antropologia. Quem é índio no Brasil? - Conselho Indigenista Missionário – CIMI 
Virginia Miranda

Trabalhar com alguns fragmentos do documentário 500 almas; Discussão sobre emergência étnica/etnogênese Apresentação de conceitos da antropologia;
Desconstrução da ideia de índio construída na mídia, nos livros didáticos, nos programas de televisão, etc.

3ª etapa: Antropologia e direito, teoria das relações inter étnicas. Conselho de Missão entre Índios - COMIN 
Drª Jandira Keppi
A legislação brasileira e os direitos adquiridos.

4ª etapa: visita dirigida Terra Indígena URU EU WAU WAU – Base Bananeiras 
Rieli Franciscato
Educação ambiental e povos indígenas: uma realidade.

Metodologia: Utilização de documentários; Filmes; fotografias; músicas; textos didáticos sobre a temática. Discussões em grupo e construção de painéis reflexivos sobre a temática. 

"A realização do III Simpósio Intercultural cumpre o que determina a legislação vigente, concretamente incentiva ações e realiza atividades interdisciplinares que efetivamente colocam em prática a lei 10.639/03 e a lei 11.645/08, cuja determinação reforça um resgate histórico quando determina que as escolas do Brasil trabalhem temas voltados para a história e cultura indígena e afrodescendente.", enfatiza a Professora Berenice Azevedo.